Sufoco: Flamengo conquista o título nos pênaltis

Mais uma vez Flamengo e Botafogo decidiram o título carioca. O jogo aconteceu no Maracanã e foi repleto de emoções do início ao fim.

O Bota começou com mais perigo, mesmo sem dois dos principais jogadores, Maicosuel e Reinaldo, machucados, o time foi para cima.

Mas aos 20, o time vê as suas redes balançando. Escanteio para o Rubro-Negro. Na cobrança, Juan joga a bola na área e o goleiro Renan não vai bem ao sair do gol, Leandro Guerreiro corta, ela sobe e na queda vem perfeita para o cabeçeio de Kleberson, que encobre o arqueiro adversário. Gol do volante certo? Errado. Antes da bola entrar, o zagueiro Ronaldo Angelim toca nela, mas o árbitro entendeu que o autor foi o meia. Mas o que interessa mesmo é o placar, Flamengo 1 a 0.

Depois de sair atrás, o Alvinegro tenta o empate, no entanto, desorganizado, não ameaça a meta do goleiro Bruno. Somente aos 31, Túlio Souza, substituto de Maicosuel, cobrou falta de longe e surpreendeu o goleiro, que na espectativa de um cruzamento, já se adiantava, mas a bola caprichosamente acertou o travessão.

Aos 38, o Flamengo movimenta o marcador de novo. Em cobrança de falta ensaiada, Ibson toca para Juan, mas ele deixa passar e Kleberson chega mandando o seu já conhecido "foguete". No caminho, um desvio de Alessandro complica mais ainda a situação do camisa 1 botafoguense, que termina sendo encoberto. O placar mostra 2 a 0, a torcida rubro-negra é só festa. E a euforia continua até o segundo tempo, pois o primeiro terminou com esse resultado.

Logo no primeiro minuto, a reação alvinegra deu sinal de que iria acontecer. No chute de Alessandro, a bola pegou no braço de Juan, que estava dentro da área. O árbitro Péricles Bassols não teve dúvida e marcou a penalidade. O artilheiro Victor Simões foi para a cobrança e bateu mal no canto esquerdo. Bruno foi bem e defendeu.

Mesmo assim, o Botafogo continuou pressionando e aos 16, o jogo começou a ganhar ares de dramaticidade. Na entrada da área, falta para o Alvinegro e na cobrança, o capitão Juninho. Todos imaginavam uma bomba, mas, na categoria, ele colocou a bola no ângulo direito de Bruno, que se esticou todo, mas não evitou o golaço. Três minutos depois, o empate. Leandro Guerreiro afastou a bola do campo defensivo, Alessandro desviou e Túlio Souza apareceu sozinho para, na cara do gol, dar um toque na saída do camisa 1. O inacreditável aconteceu, 2 a 2. Agora a comemoração era da torcida botafoguense, mais uma vez, em menor número no estádio.

Depois disso, o Fla melhorou e passou a causar perigo à meta de Renan. Já o Bota passou a tocar a bola e tentar conter de qualquer maneira a ofensiva do rival.

Aos 48, o zagueiro Fábio Luciano põe a mão na bola, leva o segundo amarelo e é expulso. Difícil acreditar que um jogador experiente como ele, na sua última partida antes de se aposentar, cometa uma ação tão infantil como essa.

No tempo regulamentar, o clássico terminou em 2 a 2, mas para a definição do campeão, pênaltis.

Os cobradores relacionados foram: Flamengo (Kleberson, Juan, Aírton, Léo Moura e Ibson); Botafogo (Léo Silva, Juninho, Gabriel, Leandro Guerreiro e Victor Simões).

Kleberson bateu e fez. Léo Silva também marcou.

Juan bateu bem e converteu. Aí Juninho foi para bola e bateu mal, Bruno fez a defesa.

Aírton manteve o aproveitamento rubro-negro. O garoto Gabriel venceu a pressão e cobrou com categoria.

Léo Moura foi para a cobrança e não desperdiçou. E chegou a vez de Leandro Guerreiro, ele tinha que fazer para o time continuar vivo e torcer por um erro do adversário, mas o volante bateu mal, a estrela de Bruno brilhou novamente e ele efetuou a defesa. Todos os companheiros correram para cima do goleiro. A torcida rubro-negra explodiu de alegria, o clube conquistou o tricampeonato.

imagem: globoesporte.com